domingo, 19 de dezembro de 2010

Enterrado Vivo

Direção: Rodrigo Cortés
Elenco: Ryan Reynolds, Robert Paterson, José Luis García-Pérez, Stephen Tobolowsky, Samantha Mathis, Warner Loughlin, Erik Palladino.

          A ideia de "Enterrado Vivo" é simples, um caminhoneiro chamado Paul Conroy (Ryan Reynolds) acorda dentro de um caixão, enterrado, sem saber como foi parar lá. Para quem não sabe, o filme é espanhol, assim como "REC" e foi filmado em Barcelona, durante apenas duas semanas.
          Um minuto de tela completamente preta e silêncio total. O filme começa assim, mostrando ao espectador a claustrofobia do personagem acordando. Apenas um celular e um isqueiro foram deixados para Paul, que precisa encontrar ajuda o mais rápido possível, pois a bateria do celular e, principalmente, o oxigênio, estão acabando.
          Tudo que você vai ver é a luta de Paul para sobreviver, o filme se passa o tempo todo dentro do caixão, não aparecem outros personagens. Você vai conhecer apenas a voz dos outros pelo celular. A atuação de Ryan Reynolds é muito boa, ele consegue transmitir a atmosfera de angústia, desespero e solidão, perfeitamente.
          Uma coisa é certa, "Enterrado Vivo" é um filme diferente de qualquer coisa que você já viu. É um filme de extremos: alguns podem se encantar pela ideia inusitada, mas outros podem ficar decepcionados pela sua simplicidade. O filme está longe de ser brilhante. É bom, apenas bom. Minha dica: espere pelo DVD.

Nota: 7.0

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Rede Social


Direção: David Fincher
Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Joseph Mazzello

          Depois de fazer um bom papel em "Zumbilândia", Jesse Eisenberg (que vai concorrer ao Globo de Ouro de Melhor Ator), pode ter chegado ao seu auge em "A Rede Social". Ele que tem cara de jovem, mas que está com seus 27 anos, tem tudo para ser visto de uma forma diferente no mundo do cinema e fazer ainda mais sucesso depois desse belo trabalho.
          Desta vez, Jesse faz o papel de criador e fundador do mais famoso site de relacionamento do mundo, o Facebook. Na verdade, todos os principais atores fazem um ótimo trabalho. 
          O filme é uma história real e que começa com Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) conversando com a namorada, mas em um ritmo que faz as legendas passarem tão rápido, que você não consegue olhar para a tela por uns 5 minutos, só para as palavras. Nesse falatório todo, os dois acabam terminando. Só que essa foi a única cena que não ocorre na vida real de Mark. Eu vi uma entrevista que ele diz que não termina com a namorada, pelo contrário, ela entende e aceita essa nova ideia dele.
          Como se pode ver no trailer abaixo, o filme todo se passa, basicamente, em torno do contexto de: como o Facebook foi criado; as ideias de Mark Zuckerberg; o crescimento do website até chegar na marca de 1 milhão de usuários; os processos na justiça que Mark sofre; além da legião de amigos e inimigos que adquiri na mesma velocidade em que seu site se torna mais famoso. 
          A história de como o Facebook foi criado é interessante, mas chega a ter muitos diálogos, o que o torna cansativo. Não é um filme que faça encher os olhos, mas apenas, digno de atenção.
          "A Rede Social" teve 6 indicações ao Globo de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Filme (drama), Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator Coadjuvante (Andrew Garfield), além do Melhor Ator (Jesse Eisenberg). Quer ver todos os indicados? Clique aqui.

Nota: 6.0

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Muita Calma Nessa Hora


Direção: Felipe Joffily
Elenco Andréia Horta, Gianni Albertoni, Fernanda Souza, Débora Lamm, Laura Cardoso, Lúcio Mauro, Louise Cardoso, Marcelo Tas, Ellen Rocche, Hermes e Renato, Lúcio Mauro Filho, Leandro Hassum, Maria Clara Gueiros, Dudu Azevedo, Luis Miranda, Nelson Freitas, Marcos Mion, André Mattos, Thelmo Fernandes, Sérgio Mallandro, Heloísa Périssé, Marcelo Adnet, Creo Kellab.

          Quando você vê o cartaz, você pensa: "Caramba, esse filme deve ser muito maneiro com todo esse povo junto." Na verdade, eles fazem apenas uma participação especial, ou seja, pouco aparecem no filme, o que me fez ficar decepcionado (com exceção do Sérgio Mallandro, que nunca foi comediante). Portanto, não que seja ruim, mas "Muita calma nessa hora" poderia ser melhor.
          A história são de três amigas, Tita (Andréia Horta), Mari (Gianni Albertoni) e Aninha (Fernanda Souza) que resolvem curtir um pouco mais a vida e aproveitar o tempo perdido. Elas então resolvem passar o fim de semana em Búzios, com o objetivo apenas de "abusar" dos homens (sim, tem algumas cenas quentes). No caminho, elas dão carona para uma mulher desconhecida, Estrella (Débora Lamm), onde acabam fazendo amizade e que depois entra na história também.
         Tirando o Marcelo Tas de peruca, que não dá pra reconhecer. Os mais engraçados do filme são o Marcelo Adnet e o Luis Miranda (que interpreta um travesti muito hilário), foram os únicos que me fizeram rir realmente. Agora essa opinião vale para os homens. "Muita calma nessa hora" é mais voltado às mulheres, portanto, elas devem achar bem mais divertido.

Nota: 7.0

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1


Direção: David Yates
Elenco Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Rhys Ifans, Evanna Lynch, Imelda Staunton, Alan Rickman, Robbie Coltrane, Andy Linden, Bill Nighy

          Maiores e mais maduros, Daniel Radcliffe (Harry), Rupert Grint (Rony) e Emma Watson (Hermione) fazem uma ótima interpretação. Destaque pro Matthew Lewis (Neville Longbottom) que aparece 5 segundos no filme para dizer uma frase onde requer muito treinamento: "Ele não está aqui, idiota." 
          Em um ar mais sombrio, "Harry Potter e as Relíquias da Morte" cria um clima tenso na sala do cinema, o que o torna bem diferente dos filmes que o antecedem. Com Voldemort e os Comensais da Morte no seu encalço, Harry agora terá que se virar para salvar sua própria vida e ainda destruir as Horcruxes que ainda restam. Para isso, seus dois inseparáveis amigos, Rony e Hermione, embarcam nessa aventura cheio de suspense e mistério. Os três agora estão sozinhos e não podem mais confiar em ninguém, pois Voldemort está mais perto do que eles possam imaginar.
          Se nessa primeira parte, o filme já teve várias cenas de ação, a segunda (e última) então, deverá ser melhor ainda. Confesso que estou bastante curioso para ver a batalha de Hogwarts, espero também que seja em 3D, que foi o que faltou nesta primeira parte e que me fez sentir falta. 
          O filme anterior, "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" é totalmente parado e sem graça, foi o pior de todos. As Relíquias da Morte surpreende e supera todas as espectativas dos leitores da saga, o que nos deixa aliviado e ao mesmo tempo empolgado com a espera da parte 2.

Nota: 8.5

domingo, 14 de novembro de 2010

Jogos Mortais VII - O Final


Direção: Kevin Greutert
Elenco Tobin Bell , Costas Mandylor , Cary Elwes , Betsy Russell , Sean Patrick Flanery

          No cartaz diz: "O melhor sempre fica para o final". Bom, discordo. Não me surpreendi com o "final" (que pra mim não foi o final), talvez porque eu já sabia quem era o braço direito de Jigsaw em seus jogos desde os filmes anteriores. O final de "Jogos Mortais VI" me supreendeu mais. Achei também, que eles não exploraram muito os efeitos 3D. Os jogos seguem aquela mesma linha, mas sem ter nenhum muito criativo e que me chamasse a atenção. O filme é bom, mas não é supreendente e nem o melhor.
          As vítimas de Jigsaw, são pessoas que já fizeram algum mal para outras, ou são pessoas hipócritas, ou interesseiras, mentirosas, etc. Por isso, nem sinto tanta pena assim das que se dizem "vítimas" do grande mestre.
          Neste filme, em um dos jogos secundários de Hoffman, tem como um nazista (já me corrigiram e é mesmo o Chester, vocalista do Linkin Park) o jogador principal, onde ele tem que sacrificar "um pouco" da sua pele para salvar sua esposa e amigos.
          Desta vez, a outra vítima principal (e merecida) de Jigsaw, é um cara que se dizia ressuscitado por ter conseguido escapar de um dos jogos mortais do vilão e até lançou um livro e um DVD para ganhar dinheiro com a farsa. Colegas de trabalho, amigos e a esposa, agora estão nas mãos do mentiroso Bobby. Será que Bobby conseguirá salvá-los, apesar de ter que encarar os jogos de Hoffman, que são bem mais difíceis que do seu antigo chefe?

Nota: 7.0


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Atividade Paranormal 2


Direção: Tod Williams
Elenco: Katie Featherston, Micah Sloat, Brian Boland, Sprague Grayden

          'Atividade Paranormal 2' é um bom filme, melhor que o 1º em termos de trama e de terror. O 1 eu não gostei muito não, achei monótono, só no final que o bicho esquenta. Já em sua continuação, se vê mais momentos de suspense e de susto principalmente. Mas pra ver o 2º, tem que ter visto o anterior para poder entender melhor.
          O filme mostra o que acontece antes de Micah (que tem nome de mulher, mas é homem) comprar a câmera nova e mostrar à Katie, ou seja, o que acontece antes do 1º filme. Nessa "continuação", se vê a casa de sua irmã, Kristi, que mora com seu marido e seus dois filhos, além da cadela Abby e da empregada mexicana Martínez, a única afinal, que acredita em demônios e que crê que estes maus espíritos estejam pela casa. Aliás, a casa havia sido invadida quando a família estava viajando, e por isso, eles resolveram instalar câmeras, por segurança, em todos os cômodos.
          Enquanto os dias vão passando, as manifestações vão acontecendo (os sustos também). Já no meio do filme, mais ou menos, dá pra sacar quem o espírito maléfico quer. No final, (não vou contar, relaxa) aparece o que acontece depois de Katie ter feito aquilo com o marido, Micah, no 'Atividade Paranormal 1' e ainda deixa a entender que um 3º filme poderá vir por aí.
          Portanto, com mais atores, as dúvidas e os suspenses aumentam, o que deixa seu filme anterior para trás, como já dito antes. 'Atividade Paranormal 2', é um filme para se ver no cinema. Seu trailer não mostra muita coisa, mas que não deixa de ser assustador, o que se difere de alguns filmes onde se vê as melhores cenas pelo trailer (e que eu fico puto).

Nota: 8.0

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro


Direção: José Padilha
Elenco: Wagner Moura, Seu Jorge, Tainá Müller, André Ramiro, Maria Ribeiro, Milhen Cortaz, Rod Carvalho, Pedro Van-Held.

         Tropa de Elite 2 traz continuação da história do cara mais escroto do cinema brasileiro: capitão Nascimento. Mais de 10 anos após o final do primeiro filme, Nascimento agora é comandante do BOPE, pra desgraça dos traficantes do Rio de Janeiro.
         O roteiro cava mais fundo no famoso "sistema". Com o tráfico fora de cena, a polícia corrupta perde o arrego, e assim surgem as milícias. Esse é o novo inimigo. É tanto interesse, corrupção, compra daqui, mata dali, que é fácil se perder na trama. O elenco é praticamente o mesmo do primeiro filme, com algumas novas caras. Destaque para Seu Jorge como "Beirada", líder de uma rebelião em Bangu 1.
         Em meio a toda essa confusão, o Cap. Nascimento ainda tem que lidar com dois novos personagens: Rafael, seu filho, agora adolescente e aborrecente; e Fraga, deputado e defensor dos direitos humanos, casou com a agora ex-mulher do capitão. Entre os atores do primeiro filme temos o capitão Fábio e Major Rocha, que ficam por conta dos novos bordões, do naipe de "...essa pica agora é do aspira...". André Matias agora é capitão do BOPE, e tão escroto quanto seu professor.
         É complicado falar da continuação de um filme tão bom. Tropa de Elite foi um sucesso, e é difícil viver nessa sombra. A expectativa é muito grande. Não que Tropa de Elite 2 não dê conta do recado, pelo contrário, o filme é muito bom. Mas não surpreende e conquista como o primeiro.

Nota: 9.0

Gente Grande


Direção: Dennis Dugan
Elenco: Adam Sandler, Rob Schneider, Chris Rock, Kevin James, David Spade, Tim Meadows, Maria Bello, Maya Rudolph, Salma Hayek

          São poucos os filmes ruins com Adam Sandler, alguns destes são: 'Embriagado de Amor' e 'Zohan' que são péssimos, mas em sua maioria são muito bons e divertidos, como: 'Como se Fosse a Primeira Vez', 'Golpe Baixo', 'Click', 'Reine Sobre Mim' (que é de drama), 'Eu os Declaro Marido e... Larry', 'Um faz de Conta que Acontece' e seu mais recente trabalho em 'Gente Grande', são uns de seus ótimos filmes e que fazem de Adam um grande ator e comediante.
          Agora falando de 'Gente Grande', onde um time de basquete infantil vence um torneio e após 30 anos, com a morte do técnico, o time volta a se encontrar em seu velório. Os integrantes veem como seus amigos ficaram depois de tanto tempo e descobrem que não mudaram tanto assim. Até que juntos decidem passar um final de semana na casa do lago, que é de um dos amigos (Rob Schneider) o mais bizarro afinal. Aí que a diversão fica garantida. Cada um tem uma família não tão comum assim e reunidos, vira uma verdadeira zona.
          Adam Sandler ainda tem como esposa a belíssima Salma Hayek, se deu bem.
          Além das várias cenas de comédia, o filme deixa uma mensagem às crianças de hoje. Onde a diversão não é apenas em seus jogos eletrônicos de última geração, mas se divertir, também é brincar de jogar pedra no lago, fazer trilha na mata e ir ao parque. Achei bacana isso e que serve aos pais também, que devem tirar seus filhos de dentro de casa de vez enquando.
          O filme é bem feito e mais do que recomendado, boas risadas estão garantidas.

Nota: 8.5

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Terra dos Mortos


Direção: George A. Romero
Elenco: Simom Baker, John Leguizamo, Dennis Hopper, Asia Argento, Robert Joy

     Como não é sempre que dá pra eu ir ao cinema, vou postar também filmes que não estejam em cartaz, pro blog não ficar muito tempo parado.
     Perdi uma hora e meia da minha vida, é assim que começo falando sobre 'Terra dos Mortos'. O encarte é legal, porém o filme...
     Bom, a história........................... não tem história. É só um monte de zumbis lentos e lerdos que invadem uma cidade de sobreviventes (que até então estavam cercados e 'bem' protegidos). Um ditador que se achava o caralho e que comandava tudo da cidade e acredite, havia uma casa noturna com zumbis capturados que faziam a diversão de seu povo. Mas isso até os zumbis se rebarbarem, com a ajuda do invencível chefe dos mortos-vivos (o único que nunca morre depois de morto, acho que porque ele é o chefe), eles conseguem até atravessar um rio de uma margem à outra, sim, eles também andam por debaixo d'água (o que uma fome não faz) pra chegar no centro da cidade.
     O diretor desse grande filme, ainda não satisfeito, foi capaz de fazer com que os zumbis parassem o que quer que estivessem fazendo, para olhar para fogos de artifício (que foi usado pelos guerrilheiros pra distraí-los). Morto-vivo que se distrai com fogos foi uma cena inédita pra mim, isso eu posso confessar.
     Sem dúvida, foi um dos piores filmes feitos desse gênero (poucos se salvam) e que não assusta nem uma criança de 5 anos. Porém, ninguém barra o mais trash que já vi, que se chama 'Zombie Strippers' (pelo título já percebe-se). Garotas de programa zumbis que fazem striptease foi o mais fodástico de todos. Ah.. ainda tem a cena mais bizarra do mundo. Uma prostituta bota bolas de bilhar no seu órgão íntimo feminino e as lança para matar uma rival. Mas essa já é uma outra história.

Nota: 0
 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nosso Lar



Direção: Wagner de Assis
Elenco: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Vianna, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno, Ana Rosa, Othon Bastos, Paulo Goulart, Helena Varvaki.

     O filme fala de um assunto que está na moda, o espiritismo. Baseado na obra de Chico Xavier, 'Nosso Lar' é um filme mais ou menos (mais pra menos).
     A história é de um médico que falece e 'acorda' no umbral, que é um lugar de sofrimento onde os espíritos maus se encontram após a morte. Até que outra pessoa (espírito) resgata ele para o chamado 'nosso lar', um lugar onde as pessoas boas vivem. Lá, as almas também trabalham e são recompensadas (como poder visitar sua família na Terra).
     Basicamente é essa a história, ou seja, nada demais. É um filme em que a fotografia é seu único ponto positivo. Fala de um assunto interessante, de vida após a morte, de reencarnação e todas essas coisas espíritas, mas que poderia ser melhor. É monótono e sem graça. Na verdade, eu diria que seja para um público adulto e máster (mulheres de preferência), talvez para essas pessoas o filme agrade.
     Aliás, o filme sobre a vida de Chico Xavier é bem melhor.

Nota: 3.0